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O Transporte de Passageiros e os desafios para 2022

Coluna Estadão

Estamos no início de 2022 e os cenários continuam incertos. Novas variantes do Covid-19 preocupam todo o mundo, os índices inflacionários continuam em alta, reajustes nos preços dos combustíveis voltam a acontecer e a sociedade demonstra cautela nas tomadas de decisões.

 

Para combater os ingredientes desta receita nada palatável, e superar a crise, as empresas regulares de transporte rodoviário de passageiros se prepararam. Investiram em sistemas de inteligência de mercado, iniciaram novos projetos de comunicação e marketing, retomaram contratações de colaboradores em diversas áreas operacionais e continuam investindo, cada vez mais, na segurança e conforto dos passageiros. A sociedade continua a ser atendida e o passageiro teve seu direito garantido em um transporte seguro, regulado, eficiente, moderno e confortável.

 

Esse é desafio do setor, manter o atendimento em altíssimo nível de segurança e conforto, mesmo com acentuada queda de demanda e forte elevação do custo operacional.

 

A solução foi investir ainda mais na eficiência operacional. Na área de recursos humanos, focar em intensos treinamentos dentro das empresas, e externamente, nas unidades do SEST/SENAT, onde modernos simuladores preparam os motoristas elevando as habilidades na condução dos ônibus. Na inteligência operacional, sistemas dedicados ao tráfego monitoram as viagens e atendem 24h, em tempo real, todas as demandas necessárias. Na área comercial e de comunicação, programas especiais buscam entender as demandas dos passageiros, criando ofertas personalizadas.

 

Quando falamos da moderna frota das empresas regulares, novos veículos foram incorporados elevando a segurança e conforto. Equipados com sistemas de última geração, com maior eficiência energética, telemetria em tempo real, itens de segurança anti fadiga e antitombamento, wifi a bordo, carregadores USB individuais, sistemas de ar-condicionado ultrafiltrantes e produtos higienizantes contra o Covid-19, garantem viagens confortáveis e extremamente seguras.

 

Destacamos aqui a preocupação ambiental. As empresas regulares do sistema rodoviário passam por rigorosa fiscalização das agências reguladoras e também fazem parte do programa Despolir, que garante os padrões das emissões de gases poluentes indicados pelos órgãos ambientais.

 

Não muito distante, em abril de 2020, o setor de transporte público regular coletivo rodoviário de passageiros teve queda de 91% na demanda e a recuperação tem sido lenta e fortemente impactada com novos picos da crise sanitária.

 

Mas a sociedade entende, mesmo com a presença predatória e ilegal dos transportes irregulares e clandestinos, que somente o fator preço não pode ser levado em conta quando falamos da segurança e integridade física dos passageiros que são transportados diariamente.

 

O cenário caótico nas operações das empresas irregulares e clandestinas não mostrou nada de novo e afirmou, de forma contundente, como essas empresas aventureiras e irresponsáveis abusam da sociedade, desrespeitam leis e, de forma trágica, ceifaram vidas em acidentes fatais. Ao ignorarem decisões judiciais, demonstram assustadora afronta ao poder público.

 

Já as empresas regulares estão mostrando como inovar respeitando às leis. Com a adoção de práticas ESG promovem sustentabilidade em seu modelo econômico, e não poderia ser diferente quando se trata de um serviço público, regulado e constitucionalmente essencial.

 

A sociedade e o poder público já identificaram o perigo da ilegalidade e clandestinidade no sensível equilíbrio do sistema de transporte de passageiros. Alguns ajustes urgentes precisam ser avaliados e adotados pelo poder concedente fornecendo as garantias necessárias para que o serviço essencial permaneça operando com segurança e conforto para o passageiro.

 

Vamos superar a crise, perseverando e inovando, sempre com responsabilidade social e dentro da legalidade.

 

Publicado pela Setpesp com apoio da Fetram e de outras entidades nacionais do setor de transporte de passageiros.